noaorta


poesia
equilabroada em pena
eis seu palco, mas não há cena
braços atados porversar
voz
a sim ver soou
o fogo de entre a ave
que hordas em bodas ordenharão as musas hoje?
carmassim viscosa morada do puls
lembra de que quando calavas
nem mesmo isso rendia o abraço
de seu pé e tombo
através dos doiros
escopos enfurnaçados
bruma, noite, sete lâmpadas
a lei do mais forte é a força do legislador
uma rima e te deparas com o estrago
que a embriaguês fornece a moreau
se poesia-o é pra ficar calado

é lá

"The more opera is dead, the more it flourishes." - SLAVOJ ZIZEK, Opera's Second Death
às acássias
Um quintal em qualquer época histórica após a invenção da agricultura, dia cinza:
Três mulheres sentadas debaixo de uma bananeira no Domingo de Santa Joana observam sete homens tocando após haverem todos comido. A uma criança brinca com o cão. As três mulheres então cantam atravessando a música dos sete homens, que não param:

e o ou
se com
por pra fôr
de em
quandonde
como antes
sem até quanto
a quem
e há a
e há e
e há o
a traz

de pois se
e vem
o que
a quem
com de na
sem ó mas
tãoinho
gem

A uma criança lambe o cão e se põe a rir. A música cessa.
"No good opera plot can be sensible, for people do not sing when they are feeling sensible." - W.H. AUDEN

Agrippino em Ixtlan


-Göebels, primeiro mundo!

Nanotanatologia


a Vera Sala
vibra sacrosso
à fina os tendões
símile dum verme
refleconvectido na lama
copro em manação
coma!
shiver it out spectentacles
diga natureza metálica
da roda morta a engranar
que te estira e fôrma
podrilume à ribalta conjugada
com cegos
olhos famintos
de cór vozes ausentes
não ausentar-se-á o controle
após o delirante grande gozo do signo de si
ensinam as tensões sobre a forca
dirão justa a vitória da beleza
cadavérica à impermanência mundi
e serteá inflicta a mazela póstuma
buscando manter-se vida em seus retiros
haverá de estuprar Tânathos com teu pau de história
e fugir pela ágora arrastando as mortalhas potenciais
duma dança pendurada na clausura do nojo de ser-se
por querermos apequenar a morte
a uma missa de corpo presente

Queda para o alto



ouça a canção escatológica ou clique na imagem para cair para cima

Escatologia é o termo utilizado pelos filósofos da escolástica como Abelardo e Antão que descreve os processos de atuação das energias sutis, ou música etérea se preferir, em sua emanação pelos corpos vibráteis e materiais. Na escatologia se aplica a máxima cabalística(e newtoniana) "Quanto mais descem as raízes, mais sobem os galhos"... qualquer um que não fique só olhandouvindo os jardins alheios já colheu esta sensação de suas plantinhas.

Segundo os hexegetas mais próximos, o pensamento pitagórico da beleza se calca em duas instâncias numéricas:
1.A quantitativa(de onde o Böhr saca o termo quanta aliás) onde o relativismo encontra alicerce(no iching é o receptivo, pros rosacruzes é a ciência) e a...
0.qualitativa onde o número se desenha em som e cor. Os tratados da teosofia se deslindam neste liame e podem abrir caminhos com relação ao procedimento fractal do pensamento.

Silvo a Alcyone

pela incertitude palavra pune
faz do talhe vômito, da forma estrume

os labirintos atirados às costas são alçadas das asas
sob a face gloriosa da chama libertas viram
a cidade a pique nos seus fédores
cairiam de joelhos se ainda houvessem pernas saindo do pescoço
osso oco, res posta à mesa formularam hematoma
co-sabores de carne dilacerada não pelas mãos
libelo lá não há, veria por menos de centelha

as uranianas baiavam para vanecer detrás do cinturão do ferido
círculo em giz marcado terreio promontório do cal caso



cruza-o


as marés nada sabem de pontes
letras são tipos de caixas visíveis
onde guardam-se os sons, Betel Hé Tau Vau Iód
às quais envideiam as palavras, frágeis por seu tamanho excessivo e prisão humana significada
ao xofre bebedoria em coluna obposta à mér curial ança
sal, o manto das correntes marteriais desfez o muro de contas

arrancar sete becas não bastariam
para a desnudez do vidro
quem se prende aos ponteios sob o temor às 18:30
Shin, ifus isaínas lembra o sabor da doença
só, deus posto no cú da cobra prima

busca então abrigo no centro da rota
esquece que a dama do lago nada pode, otar
refere ao lexo a espada presa à pedra do redemoinho,
não haveriam de coagular o feitiço com a fé, arot
nove jóias desdobradas numa got
indigestão de suas ganas e ânsias
prismado do recentio, recanto das auroras
esporos aos poros, esporas e esporras
martírio e centeio, you're so so so so sirius!

não há portos através dos portais
a mensagem é a garrafa, era are
ars terratio nebula, pó erguendo da terra batida
por pöe reis quatro gárgulas estupram rinthra
sob a pele escamoteada dos campos no teto

o cristal aprende a forma da transparência na pressão das profundezas
pelo inforço palavra transmuta carne em nervos músculos armas em lamas malas,
hitmo mór há mar

são as moscas advindas do aroma de teu sangue exposto
envaidecidas pelas miríades cristálidas de trás dos suóres cór têxtil
a se atirar em direção ao éter que envolve teus olvidos
pés naufragados sob flechas, não é violência a latência
dos pulsos severos, o literal bruto é passivo frente ao grito tácito
a corte abrupta do somnio alicerçada no ícone escatológico táctil

mugindo leite de porra a vaca desleixada pisoteia a carcaça do leopardo
como fizera antes com o tigre e a pantera
invencida, pois derrota pelo lampejo da semeadura do futuro na memória raciante
nove fonias em sýn por uma alegria, duas mortes, três ilusões nas escadarias
Flöerflüsserkantorpyrosbach, rio de chamas em flamas

serias um bom home, ainda houvessem homens
todos os encaminhos levam à mesma perdição
subir alvo almejar só para render-se peranto torque

no puteiro onde conheci quatorze putas doentes no oriente
famélicas pelo contágio das cabeças carecas de garras aglutinadas ao ocidente
todas em dança geométrica às dinâmicas se prostavam a harmonia
esta se punha de cú pro sol secando suas graciosas hemorróidas

loglaheliopoiesis... galo noturno, corvoz e colhibrio sob o olhar de mar lei
ditaram
sobrevivência barrosa às feras pela ensenhança de carregar vermes ao bico
o pasto antecede a mata para a boca não à pataca
sete vezes sete gerações mastigaram os próprios dentes
por saber o tamanho ideal da pedra
a carregar-se em larga palma com firme pulso
pimenta por sob as unhas, barulho e poluítica
voz antecede o veneno à língua
a droga perfeita, agora, nos deseja
cisca gorgeios pragmáticos nos vestíbulos da burocracia

fomento e a loteria das cabeças infladas por quiabo e páprica
à marcha dos objetos, um buda com coração de cristo e chifres faunos
:o mundo alegre e mundano vai demonstrar sua raiva enfim
anunaki e as prateleira de nibirus, este dilúvio será de luz
treze cavalos de fogo circundam a siriema aquosa
nunca encontraram uma só cobra em seu estômago
digeriu pelo canto a impossível curva
brasa fez-se, fênrix lúpolo