A Corda Quetzacoatl

Uma instalação interventiva para uma poética-ecológica menor.

(...) descer um pouco mais alto como fazem as corujas.

PARA a Transformação do espaço
& preparação do INDIVÍDUO COMO corpo público

                Uma passagem. É a passagem quem (em(caminha... Na passagem, todos caminham Pode ser por um túnel, por uma caverna, um esôfago, uma traquéia cada qual um caminho, cada um uma passagem,ninguém escapa Todos por seus caminhos. Obscuridão, transpassagem só revelada ao vê-la oculta –

A imersão do público num espaço de transição psico-física, da esfera cotidiana para o rito do espetáculo, da heteronomia das referências objetais para iniciar um “processo” de captação/atenção. A criação de um programa-e-squizo (as geografias de passagem, as medidas infinitas dos tópos, o bicho-geográfico, atingir o nervo rizomático) – meditação para a contemplação ativa, impermanência
(...)
No final, ao cessar da corda,
nós, o público,
entramos no teatro.

Sem ligação alguma, enquanto multidão outra vez

DESCRIÇÃO TÉCNICA DA INSTALAÇÃO & DO PROCESSO DE MONTAGEM

  • Quetzalcoatl:Uma passagem no saguão de entrada do anfiteatro do Sesc Pompéia que ocupe sua lateral direita, oposta a entrada dos banheiros, onde se cria um espaço de imersão na escuridão.A da estrutura de passagem será composta por lona, na extensão de XX metros no comprimento do saguão do anfiteatro, coberta por tecidos e pinturas a serem estipuladas e executadas pelos artistas.Plantas em geral (vasos de plantas, artificiais e naturais) dispostas ao longo da . Haverá a mesma disposição destas plantas no interior da passagem.O chão é composto por materiais escolhidos pelos artistas segundo o critério sonoro e olfativo dos mesmos, na criação de uma textura sinestésica do ambiente para potencializar a experiência da construção de uma percepção e uma memória por vibrações complexas do espaço físico e psicológico do passante.
  • A Corda:Se inicia na entrada do SESC, descendo a rampa principal em direção ao anfiteatro. Esta, por sua vez, adentra o espaço da obra até o seu final.Esta corda será feita por uma grande variedade de objetos, tais como: roupas usadas e retalhos de tecidos, brinquedos, livros, fios variados, sucatas, panelas, objetos pessoais, correntes, plantas artificiais, sacos de lixo vazio, sacos de compras entre outros badulaques de nosso fabuloso cotidiano.
  • O Som:Dois monitores de referência serão dispostos, um na entrada da instalação e outro no final dela, ambos voltados para dentro da passagem.Quatro monitores de referência serão dispostos no meio da passagem, sendo dois voltados para a entrada e os outros dois voltados para a saída.Um microfone será instalado no centro da passagem, suspenso acima da cabeça dos passantes, pelo qual se captará os ruídos ambientes. Estes sons serão reproduzidos pelos monitores de referência, levemente alterados por equipamentos eletroacústicos.Previamente, criar-se-á trilhas de escuta sob(re) platôs sonoros, onde se vislumbrará paisagens musicais e a ilusão contínua de silêncios. Estas gravações da cidade, de corpos, de túneis, de caminhadas, de objetos agindo no universo. Os platôs ou ilhas sonoras, serão tocadas ao acaso durante o ocaso da instalação, gerando um ruído passageiro.Continuidade de rupturas: silêncios, gravações prévias e sons produzidos durante a caminhada, formarão o contexto rítmico-afetivo da passagem. A dança dos timbres nômades pelos tempos e pelo espaço dos corpos, melodia dos elementos.

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